sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Diogo Viana – Sem titulo

O vento passa, leva seus cabelos, como se já não fossem seus.

Se deixa galopar naquele corcel, tudo parece estar em câmera lenta, parece que o Sol hoje não irá. Sente que pode caminhar rumo ao Sol, que pode, mesmo que não pareça possível, ir além de onde qualquer um já foi, de cruzar o mundo todo com seu cavalo apenas pela busca por um ideal, pra tornar um ideal, uma idéia possível.

Não almeja o titulo de quem foi alem, ou de quem teve coragem de seguir o Sol... Quer a simples e plena felicidade de realizar seu sonho, não deseja se quer ter o Sol somente pra si, quer se sentir parte integrante dele. Ouviu dizer que tudo é unificado e se pergunta: porque não?

Quer a sensação de estar certa, de estar sempre na hora certa, no minuto certo, e ser livre, ninguém poder impor limites, quer nascer e morrer em seu próprio tempo.

Quer libertação de tudo o que tem vivido só não sabe direito disso, só cavalga, cavalga por seus ideais, por suas idéias que todos chamam infantis.

Suas idéias que tem em si a inocência das crianças, têm o doce cair de folha de uma arvore, e que a tudo podem mudar, como os ventos e as marés, só dependem de uma força natural que ainda não se entende por completo.

Segue ainda seu ideal, enquanto ele estiver vivo, estará buscando uma forma de torná-lo real, de fazer com que aquilo pelo menos toque o possível, quer o real brincando com o imaginário somente por algum tempo.

O corcel, o Sol, seus tons pintando o céu, como se aquela fosse a despedida dele, como se nunca fosse mais voltar... A cada dia ele pinta o céu de uma forma, é sua única forma de dizer adeus, a forma mais original, excêntrica e surreal.

Todas as tardes o Sol diz adeus, pinta o céu azul de laranja, mas sempre responde: Até amanhã, com a certeza de que ele sempre voltará pra si e que seus ideais infantis e suas idéias falhas são possíveis.

Amanha o Sol voltará e o céu azul, compadecido, mais uma vez cederá espaço ao rei Sol, e por entre as nuvens seus raios vão iluminar nossas vidas, nossos espaços, corcéis, ideais, mentes, e tudo mais que se achar no caminho...


DIOGO VIANA

3 comentários:

Inês Marinho/Procuro leitores disse...

Sofri um acidente


Fui brutalmente atropelada

Por 187 versos puros, inocentes, reais, pessoais,certeiros, deste belo texto sem título!

Coment no Depô, aqui só isso é melhor!

Beijos da Brisa da manhã pasma!

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Prostrada a seus pés louvo tua criação
louvo tua existência
louvo tua essencia misturada
a minha por tempos e tempos antes de nós
louvo não pq me humilho
louvo como quem grato revencia
o criador por permiter que essa tua essência se espalhe em forma de palavras que como gotas de balsamo não pra uma pessoa...mas todo ser que louva o criar poetico de um ser em plenitude e elevação de espirito.
O comentario que fiz no outro texto se aplica a esse por que o tempo parou para que escrevesse.Teus textos são MOMENTOS CRISTALIZADO EM MINHA ALMA
QUE É REFLEXO DA TUA PORQUE SOMOS AMBOS APENAS REFLEXOS MISIURADOS COMO ESSENCIA.
BJINS entre sonhos e delírios e delírios

Poeta Eterno disse...

Me acostumam mal assim...
Este texto, creio que é pertinente dizer, foi escrito com base em uma triologia de frases e cada frase tomou um rumo tão diferente que nem parecem advindas do mesmo momento inspirativo.
Eu queria ter escrito algumas partes de forma diferente, mas ontem o dia não foi de encantos.