sábado, 26 de janeiro de 2008

O poeta moderno e o devaneio de Diogo Viana

O poeta moderno.


De sua literatura demasiadamente rebuscada,
A qual só se pode dissimular que compreende,
Posso dizer, sem eufemismos, que é sem causa.


Quem escreve com a pretensa de ser culto,
Perde-se em seu próprio propósito, pois que,
Qualquer asco de gente consulta um dicionário,
Palavras de dicionário não têm sentimento.

Qualquer um procura uma palavra pra falar,
Mas dizer não é falar, e falar não é dizer,
Pode parecer ter mais sonoridade, mas nada é.
Quem diz sempre sabe do que se trata,
Quem fala, fala sem compromisso, simplesmente,
Com propósito carente e ridículo de ser ouvido,
E querer ser ouvido, não pode ser propósito.

Só vos posso pedir, poeta moderno,
Que jogue seu dicionário-biblia pela janela,
E escreva algo do que não se tenha definição,
Do que qualquer palavra se torne falha.

Descreva o Universo,
As pequenas coisas
Que são complexas,
E difíceis de entender.


Descreva o Tudo, o Nada,
Eu quero ver
Como se sai você, pretenso poeta.

Disseram que poeta so é poeta quando morre,
Poeta bom é poeta vivo!!
E mesmo quem não trabalhe com palavras,
Mas toque, de qualquer forma o ser,
É sim, poeta!!! POETA!!!

Poeta moderno, se bandeie,
Mude de lado,
Sente do outro lado da mesa,
(Edson Marques que o diga com mais gloria)
Coloque-se na posição de seu interlocutor,
Pra ver se entende que é mais bem dito,
Quem simples diz.

Quando iniciei,
Pode ser que quisesse um poema,
Agora eu quero só falar,
Falar, não pra ser ouvido,
Falar, porque é sem compromisso,
“Eis que nada sei”
Pra só ser quem eu sou,
Um ser como muitos que não posso dizer,
Mas que posso chamar: seres libertos.

Diogo Viana – 10:43 – 26/01/2008 – Ainda sob o efeito da noite de ontem.

3 comentários:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Voeê hoje é minha voz

Inês Marinho/Procuro leitores disse...

Tenho um livro, delicioso, com uma linda dedicatória para vc, meu anjo.

Deste poeta que você citou.

Sonho com o dia que estas canções, envolvam vc.

Beijos.

Inês Marinho/Procuro leitores disse...

Voltei para ler novamente,agora entendi bem, e posso dizer que concordo em gênero, número e grau com sua idéia.

Poesia é canção, encanto, prazer,visão, deslumbramento, enfim.É tocar o leitor, e passear por seus sentimentos...

Sem ter a pretensão nem mesmo de ser ouvido.

Beijos e brisas Suaves cubram seu ser poeta.